A delegação da Grã-Bretanha que escolheu Macau para começar a preparar os Jogos Paralímpicos de 2008, está encantada com a recepção e as condições encontradas. Natação, atletismo, ténis, halterofilismo e judo, são as modalidades escolhidas para os treinos. Os deficientes do território também beneficiam, uma vez que treinam em conjunto. Os britânicos já fizeram saber que vão voltar semanas antes do início dos Jogos de Pequim, para o estágio final
Macau já é conhecido pela "arte de bem receber" e por isso mesmo são cada vez mais as delegações de países estrangeiros que escolhem o território para se prepararem para competições de grande importância, em especial os Jogos Olímpicos, quando estes têm por palco o continente asiático.
Adaptação ao clima, ao fuso horário, à própria comida, tudo aliado a recintos com boas condições e de fácil acesso, são as razões da vinda para estas paragens. Agora é a vez de diversos atletas deficientes de Inglaterra, que irão estar presentes nos Paralímpicos da capital da República Popular da China, no próximo ano. São os Jogos Olímpicos para deficientes, que cada vez mais são alvo de investimentos elevados em muitos países do mundo.
A Inglaterra, pelos vistos, encara com muita seriedade este tipo de actividade desportiva e está a preparar com bastante tempo de antecedência a sua participação no evento de Pequim. "Queremos dar todas as condições aos nossos atletas e pretendemos preparar com tempo a nossa ida aos Jogos do próximo ano", começou por referir ao Ponto Final a principal responsável pela comitiva, Tara Smith, para quem a delegação está a ser muito bem tratada. "Os atletas estão muito satisfeitos, tudo tem sido perfeito, incluindo as pessoas que nos têm apoiado em todos os aspectos. Vamos com certeza escolher Macau para o nosso estágio final, semanas antes de rumarmos até Pequim. A cidade tem de facto óptimas instalações para a prática destas modalidades."
Delegação de nível com muitas medalhas
De referir que mais atletas da Grã Bretanha estão a treinar aqui ao lado, em Hong Kong, em modalidades como boccia, ténis de mesa e esgrima.
Os britânicos têm dado nas vistas no panorama do desporto para deficientes, com muitas medalhas conquistadas. Terminaram em segundo lugar no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004 (atrás da República Popular da China) e têm em especial dois nadadores de respeito, Sascha Kindred e Nyree Lewis, que alcançaram primeiros lugares no último Campeonato do Mundo na África do Sul.
Só assim, com excelentes resultados e muitas presenças em competições internacionais, é que os comités paralímpicos conseguem quotas para levar o maior número de atletas ao evento de maior projecção, os Jogos Paralímpicos. Aqui os praticantes-deficientes transformam os sonhos em realidade.
Macau é um dos territórios que não tem falhado a presença nos Jogos, apesar de ter uma quota bastante baixa. A falta de verbas e a qualidade dos seus atletas, impedem respectivamente a deslocação a vários torneios e provas mundiais, assim como não amealham pontos para o "ranking" deste desporto.
Treinos integrados por atletas locais
António Fernandes, o grande pioneiro do desenvolvimento a sério do desporto para deficientes, igualmente fundador da Associação de Deficientes de Macau, da qual é o actual presidente, mostra-se satisfeito, em primeiro lugar, com a vinda da Grã-Bretanha ao território, "uma vez que isso representa também a possibilidade dos nossos atletas aprenderem."
Aquele dirigente fez contactos desde a chegada dos britânicos e conseguiu que alguns deficientes locais treinassem juntamente com a comitiva europeia. Ouro sobre azul, uma vez que a qualidade da Grã-Bretanha é reconhecida internacionalmente e aqui em Macau estão igualmente treinadores de craveira.
"Eles têm um orçamento que se pode dizer gigante para o desporto a este nível, de cerca de oito milhões de patacas, só para treinos de preparação para Pequim. Gigante porque nada tem a ver com as nossa posses, ainda que o Governo nos tenha sempre apoiado, em especial nas deslocações a competições importantes, como são os Paralímpicos e os Jogos FESPIC (Asiáticos para Deficientes, que vão passar a ser denominados de Paralímpicos da Ásia, já a partir de 2010 em Cantão). Foi bom terem correspondido ao nosso pedido."
Macau também já começa a pensar nos Jogos de Pequim, em 2008, apesar de não saber quantos atletas vão poder estar lá. Um, dois, máximo três, é o curto horizonte do território, pelas razões apontadas anteriormente. Só no início dos Paralímpicos é que Macau tinha um maior número de atletas (8 em Seul/88 e 4 em Barcelona/92). A partir daí, com o crescente aumento de interesse dos países, as comitivas macaenses resumiram-se a um máximo de dois atletas. Por isso é bem possível que no próximo ano se mantenha esse número. Modalidades com mais possibilidades, natação, atletismo e boccia.
Resultados positivos nos Jogos Asiáticos
A natação e o atletismo foram, aliás, desportos que conseguiram mais posições no pódio nos últimos Jogos FESPIC, realizados em Novembro em Kuala Lumpur, capital da Malásia: uma medalha de ouro Luís Au, natação), 4 de prata (todas no atletismo) e 4 de bronze (uma no badminton e três no atletismo).
No que diz respeito ao badminton, estreou-se nestas competições, tanto de pé como em cadeiras de rodas, tendo Macau sido um dos fundadores da criação da respectiva Federação Asiática. Na Malásia já marcaram presença cerca de dezena e meia de delegações. A RAEM tem 15 jogadores de pé e oito em cadeira de rodas.
António Fernandes diz que o território está a apostar agora forte no boccia, aguardando a possibilidade de meter um atleta nos Paralímpicos de Pequim. Por isso mesmo, vai levar seis deficientes de paralisia cerebral aguda (cadeira de rodas) ao Campeonato do Mundo, em Maio no Canadá. Um dos praticantes de boccia de Macau terminou em quarto lugar no FESPIC.
Como nota final, diga-se que, enquanto os atletas ditos normais de Macau ainda sonham com a presença nos Jogos Olímpicos (processo continua estranhamente nas gavetas da secretária de Jacques Rogges e seus pares), os deficientes já experimentaram a sensação de competir a este nível. Macau é membro efectivo do Comité Paralímpico Internacional e esteve sempre presente desde os Jogos de 1988 em Seul.
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